A Liga dos Bombeiros Portugueses exigiu este sábado ao Governo o pagamento, até quarta-feira, das dividas do serviço de emergência pré-hospitalar, ameaçando suspender, durante um dia, o uso das ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica.
A deliberação foi aprovada por unanimidade na reunião do Conselho Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), em protesto contra os atrasos dos pagamentos por parte do Ministério da Saúde.
Em declarações à Lusa, o presidente da LBP, António Nunes, disse que não existe previsão de pagamento, pelo que, caso continue tudo na mesma, na próxima sexta-feira dia 25 de julho, as corporações recusarão utilizar as ambulâncias do INEM que lhes estão atribuídas, com mais custos para o Estado.
O mês de maio ainda não foi pago, com referência a serviços de abril, março e fevereiro, acrescentou, apesar de o Ministério da Saúde ter comunicado aos bombeiros que existia um acordo com o Ministério das Finanças “para a libertação das verbas necessárias ao pagamento desses serviços e à regularização das tesourarias das associações humanitárias”. Isso “não aconteceu até ao momento e não há data previsível para que aconteça”, acrescentou António Nunes.
Nesse sentido, o Conselho Nacional da LBP estabeleceu um prazo até quarta-feira, dia 23 de julho, para receber essa verba. Caso não suceda, “na sexta-feira, dia 25, durante todo o dia, os bombeiros não saem com as ambulâncias INEM e prestam o socorro todo que seja necessário com as ambulâncias dos bombeiros”, explicou o dirigente da LBP.