29 JUL 2025

A região Minho está neste momento refém da disponibilidade de meios aéreos para combater os incêndios de forma mais eficaz. Se, por um lado, o presidente da Câmara de Ponte da Barca pediu ao Governo que mobilize meios aéreos pesados para combater o incêndio que deflagrou no sábado no Parque Nacional da Peneda-Gerês e que se encontra numa fase “muito critica”, por outro, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima afirmou que o combate às chamas no concelho, na tarde desta terça-feira, não está a contar com meios aéreos “por falta de disponibilidade” o que está a dificultar as operações nas quatro frentes ativas.

Em Ponte da Barca, Augusto Marinho referiu que, às 15h32, apenas estavam dois meios aéreos mobilizados para o incêndio. “Mais do que os meios terrestres, os meios aéreos são fundamentais. É esse o pedido que eu faço. Temos a operar dois helicópteros Kamov. Tenho conhecimento vão enviar mais dois ligeiros. Nós precisamos de mais meios aéreos pesados. A situação é muito crítica”, afirmou.

Já consultado pela Lusa, às 15h20, o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) não registava o incêndio em Ponte de Lima. Segundo o comandante responsável pelo teatro de operações, com o apoio de meios aéreos o “combate seria muito mais fácil, seguro e os bombeiros não estavam expostos a tantos perigos”, afirmou.

Às 16h25, afirmou, “não havia habitações ameaçadas porque os meios terrestres estão a conseguir evitar que as chamas as atinjam”. À mesma hora estavam mobilizados 181 operacionais, apoiados por 52 viaturas.

Carlos Lima adiantou estar previsto “um reforço de meios terrestres de Ribatejo, mas que só chegará ao teatro de operações só lá mais para a noite”. “Os homens estão cansados. Andamos no combate há vários dias. Começou em Ponte da Barca. Mesmo assim estou com esperança, se mantivermos o dispositivo, apesar de termos muitas horas de trabalho pela frente, conter o incêndio no perímetro que já está atingido”, explicou.

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