29 JUL 2025

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusou o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Braga de “colocar em risco vidas humanas” face à “intransigência” em não pagar as remunerações reivindicados pelos neurorradiologistas pelas horas extraordinárias.

Em comunicado, a FNAM “exige a regularização urgente do devido pagamento da produção adicional à equipa de neurorradiologia de intervenção, cuja interrupção coloca em risco a vida de doentes em situações de urgência médica grave, como é o caso dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) isquémicos agudos”.

Os médicos acusam o CA da ULS Braga de “intransigência” e de persistir “em não cumprir a Portaria n.º 355/2024/1”, sublinhando que “os doentes que necessitam de tratamentos urgentes fora do horário normal de funcionamento (das 8h00 às 20h00 em dias úteis — nomeadamente entre as 20h00 e a meia-noite, aos fins de semana e feriados) estão a ser reencaminhados para outras unidades hospitalares no Porto ou Gaia”.

Em comunicado enviado à Lusa, a ULS Braga “confirma que, nas últimas semanas, se têm verificado limitações na realização do tratamento endovascular emergente em contexto de AVC isquémico agudo fora do horário normal de funcionamento (8h00 às 20h00)”. “A suspensão desta atividade em horário extraordinário decorre da indisponibilidade dos médicos neurorradiologistas da ULS Braga para assegurarem períodos de prevenção, a menos que sejam garantidos os valores remuneratórios por si exigidos, ao abrigo da nova Portaria n.º 355/2024/1, de 27 de dezembro, em vigor desde 1 de janeiro de 2025”, indica a ULS Braga.

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