O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, alertou para a necessidade urgente de continuar a investir na Linha do Minho, considerada “fundamental para o tecido social, cultural e turístico da região do Norte de Portugal e da Galiza”.
A posição surge na sequência da implementação temporária de um transbordo no serviço internacional Celta, que liga Porto a Vigo, devido a constrangimentos de material circulante. O autarca reconhece a medida como “excecional” e “temporária”, mas sublinha que a situação evidencia a fragilidade estrutural da Linha do Minho e a falta de investimento sustentado.
Apesar de a via estar eletrificada de ambos os lados da fronteira, diferenças nas tensões elétricas e nos sistemas de sinalização e segurança impedem uma ligação direta com material elétrico compatível. Essa limitação mantém a dependência de automotoras a diesel, cujo número é insuficiente devido a atrasos na modernização da Linha do Algarve.
Para Luís Nobre, a resolução pontual do problema em dezembro — quando se prevê a libertação de material circulante — não dispensa uma aposta clara na modernização integral da Linha do Minho, incluindo a compatibilização tecnológica com a rede espanhola, de forma a garantir um serviço ferroviário transfronteiriço moderno, eficiente e sem interrupções.