A majestosa procissão, na tarde de ontem, concluiu uma novena de dias da Romaria de Nossa Senhora de Porto de Ave, em Taíde, Póvoa de Lanhoso, naquele que foi, sem dúvida, o dia maior das festividades. A eucaristia solene foi presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, que lembrou aos romeiros e peregrinos que a Cruz de Cristo é mesmo um identificativo dos cristãos, e alertou ainda para os perigos e ilusão da felicidade efémera. De facto, durante nove dias, o Santuário de Nossa Senhora de Porto de Ave e a freguesia de Taíde em geral foram motivo de romaria, pelas mais variadas razões. Por motivos religiosos, pelos espetáculos no âmbito da Noite Gerações, pela tradição da romaria dos bifes, bem como pela romaria dos melões de casca de carvalho, cada vez mais raros.
Os membros da Confraria de Nossa Senhora de Porto de Ave vestiram os seus melhores fatos para a principal cerimónia do ano e da instituição. Na sua homilia, D. José Cordeiro serviu-se do Evangelho, onde Jesus colocou em “pratos limpos”, as dificuldades em ser- se Seu discípulo. Ou seja, Cristo propõe que os homens deixem os sete objetos de amor maior na vida de cada pessoa para O seguir: isto é, «o pai, a mãe, a esposa, os filhos, os irmãos, as irmãs, a própria vida». E questionou: «então, temos que preferir Jesus, preferir Deus antes destes meus queridos, aqueles que são a razão de ser, o nosso amor do coração? Sim, para quem quer a plenitude da vida, a plenitude da liberdade e do amor, é este o caminho. Porque amar a Deus é amar a verdade, amar a justiça», clarificou.