A Infraestrutura Compreensiva de Cancro do Norte de Portugal, projeto-piloto que junta hospitais, instituições académicas e de investigação e associações de doentes, visa garantir o acesso equitativo a cuidados de excelência, disse o presidente do IPO do Porto.
“O cancro não tem código postal. Isso é um dos grandes valores do Serviço Nacional de Saúde: garantir o acesso democrático aos cuidados mais diferenciados. Mas não chega só colocar dinheiro no sistema para que ele funcione. É absolutamente essencial colocar muita energia e muita atenção na organização do sistema”, defendeu Júlio Oliveira.
O presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto sublinhou a ideia de que “o cidadão não pode estar limitado no acesso aos cuidados mais diferenciados de saúde, dependendo do sítio onde mora ou da sua condição social”.
O acordo colaborativo para o desenvolvimento desse projeto será assinado pelo IPO do Porto, Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Ave, ULS de Braga, ULS de Gaia/Espinho, Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S).
A cerimónia está marcada para as 16h00 e deverá juntar, também, representantes da Direção-Executiva do SNS, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), do Programa Nacional das Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde (DGS), do Infarmed e da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB).
A Infraestrutura Compreensiva de Cancro do Norte de Portugal (Comprehensive Câncer Infrastructure of North of Portugal – CCINP) pretende ser uma rede colaborativa entre instituições para promover “uma jornada do doente oncológico mais coordenada, acesso equitativo a cuidados de excelência, redução de custos e avanços em investigação clínica e inovação terapêutica”, bem como “melhoria dos cuidados em oncologia”, sendo expectável que tenha “potencial impacto no desenvolvimento social e económico da região”, lê-se na descrição.