É com preocupação que o Centro de Solidariedade de Braga/Projecto Homem vê a subida das novas dependências ligadas à tecnologia, ao uso excessivo de ecrãs, jogos ou videojogos. E a apreensão aumenta quando o Estado «tarda imenso em sistematizar uma resposta para isto», alertou Guilherme Meneses, presidente do Projecto Homem, ontem, à margem do simpósio EWODOR (European Working Group On Drug-Oriented Recovery Research), que junta até hoje, na Universidade Católica de Braga, especialistas, investigadores e técnicos em torno do tema das adições, saúde mental e recuperação.
Segundo o responsável, «as dependências estão sempre em evolução», pelo que é necessário «saber enfrentar as novas problemáticas de consumo, os novos perfis de consumidores». Daí a importância de eventos como este, sobretudo numa altura em que, «talvez por alguma deficiência de política pública, tem-se assistido a um recrudescimento dos consumos», sobretudo os «novos consumos», para os quais «não há ainda uma resposta pública propriamente específica».