A CP e o consórcio Alstom/DST assinaram o contrato para aquisição de 117 comboios, a maior compra de sempre da transportadora, no valor de 746 milhões de euros, adjudicada em novembro de 2023 e impugnada por outros concorrentes.
O Ministério das Infraestruturas e Habitação avançou hoje, em comunicado, que o contrato foi assinado na quarta-feira, “em cumprimento dos prazos legalmente definidos”, pondo fim ao atraso decorrente de impugnações judiciais entre dezembro de 2023 e agosto de 2025.
O ministro Miguel Pinto Luz apontou que este atraso “estava a prejudicar a modernização do parque da CP - Comboios de Portugal e o serviço prestado às populações, que usam cada vez mais o transporte ferroviário”.
Juntamente com a Resolução do Conselho de Ministros publicada em 22 de setembro, que mandata a CP – Comboios de Portugal para acionar a opção de compra de 36 unidades automotoras elétricas adicionais para os serviços urbanos, o Governo considerou que se trata de “um passo de gigante para colmatar a falta de material circulante” na transportadora ferroviária.
“Ao mandatar a CP para acionar de imediato a opção de compra de mais 36 comboios, o Governo pretende, por um lado, recuperar o tempo associado à litigância judicial interposta pelos concorrentes e, por outro, tomar medidas que permitam acelerar a modernização da frota da CP, com vista ao cumprimento das obrigações de serviço público”, salientou a tutela.
O atraso no concurso para a compra de 117 automotoras pela CP resultou numa perda estimada de 191 milhões de euros de apoio do Programa Sustentável 2030.