22 OUT 2025

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse que a construção do mercado municipal não é afetada pelos vestígios arqueológicos do antigo convento de São Bento, encontrados durante as escavações no local onde existiu o prédio Coutinho.

Em declarações aos jornalistas no final da última reunião do mandato que agora termina, Luís Nobre, reeleito nas autárquicas de 12 de outubro, explicou que “a obra tem várias fases e tarefas”.

“Para já, não há nada que implique com a dinâmica da obras porque há tarefas que vão continuar, em paralelo com o trabalho que está a ser feito a nível da arqueologia, em absoluta articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN)”, disse o autarca, apontando como exemplo “a instalação de infraestruturas ou reconstrução das existentes, ao nível da rede de água, entre outras”.

Luís Nobre especificou que os vestígios foram encontrados no parque de estacionamento, à superfície, que existia nas traseiras do prédio Coutinho, desconstruído em 2022 para instalação do novo mercado municipal.

O autarca socialista adiantou que era expectável que durante a obra fossem encontrados achados arqueológicos pelo facto de a construção ocorrer em pleno centro histórico da cidade. “Nós já sabíamos que ali existiam vestígios. Estávamos conscientes que tínhamos de fazer as escavações e, durante as escavações, [apareceram] vestígios que têm de ser interpretados”, referiu.

Segundo Luís Nobre, os serviços camarários têm reunido quinzenalmente com o departamento de arqueologia CCDRN, sendo que “o registo do achado arqueológico está feito”.

A igreja de S. Bento é o que ainda hoje resta do antigo convento de freiras beneditinas do século XVI.

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