Foi lançado o primeiro livro sobre a economia da classe rainha do motociclismo, que envolve mais de mil milhões de euros anuais e de 400 milhões de fãs. “The economics of MotoGP - costs, financing and the competitive balance of a raising motorsport” tem como coordenador Paulo Reis Mourão, da Escola de Economia, Gestão e Ciência Política da Universidade do Minho, em parceria com Anthony Macedo, da Universidade Lusófona, e Carmen Sánchez‐Carreira, da Universidade de Santiago de Compostela.
Portugal recebeu o MotoGP por 18 vezes, nos autódromos do Estoril e atualmente, de Portimão, o qual volta a ter a elite das duas rodas este fim de semana e em novembro de 2026. Os custos globais da prova rondam 60 a 70 milhões de euros, calcula o investigador da UMinho. Já o Turismo do Algarve estima que gera um impacto financeiro de até 87 milhões de euros e reputação a prazo.
“Portugal está firme no grupo restrito do MotoGP, pelo histórico recente, por haver outras provas mediterrânicas, pela garantia de público, pelos apoios obtidos e porque equipas e adeptos apreciam as condições da pista, o clima e a segurança – isto traz reconhecimento, investidores e é imprescindível para acolhermos mais competições internacionais, como o eventual regresso da Fórmula 1, que exige um lóbi muito forte junto da Liberty”, diz Paulo Reis Mourão. O docente crê que a saída de Miguel Oliveira, único português a vencer corridas (quatro) do MotoGP, para as Superbikes no fim da época vai reduzir o público nacional na modalidade, mas não belisca a imagem do país.