09 NOV 2025

O Papa Leão XIV assinalou ontem, 8 de novembro de 2025, seis meses desde a sua eleição. O pontificado tem sido marcado por um estilo discreto, com continuidade em relação ao de Francisco, mas com gestos simbólicos de valorização da tradição.

Num momento em que o mundo e a Igreja enfrentam múltiplas fraturas, da desigualdade ao indivíduo ao diálogo inter-cristão e ecuménico, o pontífice lança sinais de que é possível caminhar com coragem, diálogo e renovação.

Entre as suas primeiras decisões estiveram o uso da mozzetta vermelha na aparição após a eleição, a reabertura da residência papal de verão e a autorização para o cardeal Raymond Burke celebrar uma missa segundo o rito pré-Concílio Vaticano II.

Leão XIV reafirmou, contudo, a centralidade da sinodalidade, afirmando que “não é uma campanha, mas uma forma de ser Igreja”. Tem mantido a linha do seu predecessor em temas como a ecologia, a inclusão e o acolhimento de migrantes.

Em outubro, recebeu o bispo Mark Seitz, de El Paso, sublinhando que “a Igreja não pode ficar em silêncio” perante a crise migratória. O Papa também inaugurou uma escola vaticana dedicada à ecologia integral e encontrou-se com o jesuíta James Martin, conhecido pelo trabalho pastoral com católicos LGBTQ+.

No plano interno, o pontífice tem promovido encontros com bispos e responsáveis diocesanos, defendendo uma liderança de escuta e discernimento.

Seis meses depois, o retrato do Papa Leão XIV é o de um líder que procura unir sensibilidades distintas dentro da Igreja, mantendo o foco nas pessoas e no diálogo com o mundo contemporâneo.

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