O Governo e a Câmara Municipal de Guimarães deram «o primeiro passo» no processo de execução do Campus da Justiça de Guimarães. O investimento, num valor próximo dos 10 milhões de euros – mas que poderá ser de maior dimensão – é assumido pelo Ministério da Justiça, mas a empreitada será assumida pelo Município de Guimarães, no âmbito de um contrato interadministrativo, que será celebrado entre o Governo e a autarquia vimaranense.
A revelação foi feita numa conferência de imprensa conjunta do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Araújo, e a secretária de Estado da Justiça, Ana Luísa Machado. As declarações aos jornalistas foram feitas no âmbito da cerimónia da assinatura do protocolo entre o Município e o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça para a cedência de terrenos para a construção do Campus da Justiça de Guimarães, que ficará na freguesia de Mesão Frio.
«Neste momento, estamos a estimar entre 9 milhões e 9,5 milhões para o edifício. Mas, claro, que são meras previsões, números muito rudimentares, com os quais não nos queremos comprometer, como é evidente», disse a secretária de Estado da Justiça. Ana Luísa Machado acrescentou que também é preciso calcular o custo da urbanização do espaço onde será construído o futuro Campus da Justiça de Guimarães e ter em consideração «a inflação que os materiais de construção têm sofrido». Tudo indica que a fasquia dos 10 milhões de euros será ultrapassada, até porque «também não sabemos muito bem como é que o mercado vai evoluir» até ao lançamento da obra.
A secretária de Estado da Justiça também não deu como certo que o Campus da Justiça de Guimarães possa ser inaugurado até final do atual mandato do Governo. Mas o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Araújo, acredita que o novo equipamento possa abrir portas durante o segundo semestre de 2029. «Hoje estamos a dar passos significativos para que um projeto que tinha sido metido na gaveta», afirmou Ricardo Araújo.