O Festival Literário Utopia regressou e voltou, na tarde deste sábado, no primeiro dia, a encher os vários espaços do Espaço Vita, em Braga, com uma forte afluência de público às apresentações, às conversas e ao contacto com as livrarias. No terceiro ano de existência, o evento confirma-se como um dos mais vibrantes encontros literários do país.

Porfírio Correia, do Município de Braga, sublinhou a crescente internacionalização do festival. “O Utopia é um festival que, tendo nascido em Braga há três anos, está a levar, e transportar Braga, os autores, os escritores, mas também Portugal a outras latitudes”, afirmou. Recordou ainda as edições realizadas na Colômbia e a presença prevista para 2026 em Ponta Delgada. “Mas atenção que voltaremos novamente a Braga que é a sede do Festival Literário Utopia”, destacou, realçando também a vontade de divulgar a herança literária bracarense, como Maria Ondina Braga ou Sebastião Alba.

Entre os participantes internacionais esteve a autora espanhola Gracia Iglesias, que deixou elogios ao ambiente vivido: “Este festival é muito importante para os livros e para o encontro entre os autores e o público. Eu gosto de saber se as minhas histórias chegam ao público e aqui consigo fazê-lo. O público de Braga é estupendo, é a minha primeira vez cá e espero regressar.”

A presença das livrarias também tem sido um dos pilares do evento. Teresa Calheiros, gerente de uma das novas livrarias participantes, destacou a importância da iniciativa: “Somos fresquinhas, acabadas de chegar ao mercado. Para nós foi uma honra enorme estarmos presentes no Festival Utopia.” Sobre o interesse dos leitores, garante: “Tem sido fantástico. Os eventos ligados à Poets and Dragons têm trazido muitos leitores.”

Sobre o impacto junto das livrarias, Porfírio Correia revela que o balanço “é muito positivo” e que o festival entrou numa fase de “início de maturidade”, com uma procura que já desafia a capacidade do espaço atual. Acrescenta ainda que a organização envolve uma vasta rede de parceiros, com destaque para a The Book Company, a direção de Paulo Ferreira e o apoio estrutural da DST.

Com múltiplas atividades em paralelo e uma energia cada vez mais reconhecida, o Festival Utopia reafirma Braga como um território literário em expansão.