A Unidade Local de Saúde de Braga deu início, no mês de julho, à atividade da nova Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD). Este é um novo modelo assistencial que visa garantir cuidados hospitalares no conforto do lar, reforçando a proximidade, a humanização e o foco na pessoa e ainda ajudando a reorganizar os cuidados de saúde na região.
A nova modalidade de internamento segue os mesmos critérios clínicos, exigência e responsabilidade do internamento hospitalar convencional, mas com a particularidade de ser realizada no domicílio do utente. Esta abordagem permite que os utentes permaneçam no ambiente familiar, promovendo maior conforto, bem-estar e manutenção da autonomia.
Para este serviço, a ULS Braga conta com uma equipa multidisciplinar altamente qualificada, que garante acompanhamento clínico contínuo, com vigilância e capacidade de resposta permanente, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Esta modalidade está atualmente disponível para utentes residentes nos concelhos de Amares, Braga, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Verde e Terras de Bouro, desde que a residência se situe até 30 quilómetros ou 30 minutos de distância do Hospital de Braga. Na área hospitalar, a referenciação pode ser feita pelos serviços de internamento, consultas externas, hospitais de dia e serviço de urgência, por meio dos cuidados de saúde primários, ou externamente, por transferência de outros hospitais, sendo necessária a avaliação da equipa da UHD e a aceitação voluntária do utente ou da família ou cuidador.
Assim para a integração do utente neste modelo de cuidados, é necessário cumprir critérios clínicos e sociais específicos. Do ponto de vista social, os utentes devem aceitar voluntariamente, ou por meio de representante legal, integrar o programa, ter um cuidador disponível, em caso de dependência, dispor de condições básicas de habitabilidade e higiene no domicílio e possuir um telefone ou telemóvel para estar em contacto direto com a equipa da UHD.
Em termos clínicos, a Hospitalização Domiciliária destina-se a utentes que necessitam de internamento, mas apresentam estabilidade clínica, ou a situações transitórias com condições passíveis de serem controladas no domicílio, de acordo com as boas práticas médicas.